Verônica Souza

História do nascimento da Laura

Crianças amam ouvir suas histórias, especialmente quando são contadas com riqueza de detalhes. Eu adoro contá-las às minhas três filhas, ver suas expressões faciais e suas reações emocionais me alegram profundamente.

Hoje quero contar a belíssima história da chegada da Laura e para evidenciar um ponto sensível e cheio de amor sinto o desejo de voltar três anos antes da sua gestação. Era o ano de 2012, Altair e eu engravidamos, contamos aos familiares, amigos e para a Sara, nossa primogênita. Ela se alegrou de tal forma, pois pedia muito para nós uma irmã. Dois meses depois ocorreu um aborto espontâneo, mudando a frase da Sara para: Essa minha irmã está demorando demais. Nós ouvimos essa frase muitas e muitas vezes ao longo desses 3 anos. Fizemos tudo o que era preciso para estarmos prontos para uma nova gestação. E, o dia tão esperado por nós três, mas especialmente para a Sara que era criança e expressava tão docilmente o desejo da chegada da irmã, chegou. Destaco que ela sempre disse irmã, parecia que sabia o que estava escrito no coração de Deus!

Depois desta experiência, quando engravidamos da Laura contamos para todos da mesma forma, pois a nossa alegria era tanta e esse dia era muito esperado. Escolhemos nos entregar totalmente à participação da criação da vida, da forma como Deus assim desejasse.

Então, desta forma, alguém tão desejada por seus pais e principalmente por sua irmã estava a caminho. Sua história começa antes até da sua concepção. Que lindo!

Foi uma gestação tranquila até demais. A Sara havia nascido de cesárea, houve o aborto e agora eu queria realizar o sonho do parto normal. Comecei a gravidez na obesidade, o médico dizendo que não daria para ter parto normal e eu dizendo para vivermos um dia por vez. Durante os 9 meses emagreci 9 quilos (será que é por isto que a Laura é magra?) e foi possível o parto normal.

Tivemos, a Laura e eu, o privilégio de viver os últimos dias da gestação recebendo meu irmão Cristiano (vindo da Colômbia), por alguns dias, dormindo comigo em casa, nos apoiando na ausência do papai Altair e da irmã Sara, que estavam em Minas Gerais. Depois que ele se foi veio a minha amiga Daniela (Dadá), também fazendo-nos uma bela companhia!

Dia 08/01/2015, uma quinta-feira, quando acordei, estourou o tampão. Ual! O processo estava começando. Liguei para o papai e lhe disse que talvez não veria a filha nascer, mas que tudo estava bem. Fui depilar e me preparei para a sua chegava, afinal seria parto normal. Como estava tudo bem, meus pais e eu fomos até o aeroporto buscar o Altair e a Sara, eu só não dirigi porque estava sentindo contrações.

Foi mágico! Chegamos em casa, tomamos café com meus pais, afinal a Sara estava de volta. E assim que pisamos em casa as contrações aumentaram, meus pais ficaram com a Sara e fomos para o hospital. Até a madrugada estava tendo contrações, depois parou! Delatei 3 dedos apenas, liberaram meu café, quarto para o Altair, fizemos ultrasson e estava tudo bem. As 15h00 eu quis ir embora, fizemos o exame de toco e estava tudo bem, tivemos alta. Quando a enfermeira entrou no quarto para nos dar tchau eu comecei a passar mal, vomitar porque vieram contrações extremamente fortes e o processo de parto havia recomeçado e com toda a força. Foi assim até as 21h10. Das 15h00 as 21h00 eu vomitei, apertava loucamente o travesseio, via mulheres chegando, parindo seus bebês em cesáreas bem sucedidas, voltando ao quarto e eu lá, pedindo para aumentar ar condicionado, sentindo as dores do parto! E, era tudo o que eu queria, então, apesar das dores eu estava consciente e feliz. Lembro que eu pedia muito o médico plantonista porque quem iria parir seria eu, mas enfim, meu médico chegou e então, fomos vitoriosos trazendo ao mundo a pequena e linda Laura! Nasceu com 47 cm, 3.350 kg, começou a mamar com facilidade (diga de passagem que mamou até os 4 anos – vale contar que quando engravidei da Clara, já de barrigão a Laura parou de mamar a meu pedido, mas na maternidade, após o primeiro segundo em que pegou a irmã Clara no colo ela logo disse: “tá mãe, agora posso mamar?” E lá estava ela, voltando a mamar).

Comemorei meu aniversário dia 10/01 com ela nos braços e esse foi um presente inesquecível e que vale para toda a minha vida! Gratidão a Deus por isso, gratidão a Laura por ter obedecido a mamãe desde a barriga e não ter nascido no dia do meu aniversário. Foi tudo fantástico.

E, essa é a história do nascimento da Laura.

Nós te amamos! Mamãe Verônica Souza – 09/01/2024.

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